Análise: A vitória do Santa Cruz foi a vitória da persistência
Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
O Santa Cruz não venceu o Central por que jogou bem, mostrou bom toque de bola, criatividade na armação de jogadas ou boa pontaria dos atacantes. Longe disso.
Foi a vitória da persistência.
Todo mundo tem um amigo, como diria o jornalista Xico Sá, “mal diagramado”, mas que vez ou outra aparece desfilando com um avião do lado.
O segredo, pode apostar, foi a persistência.
O placar do jogo de sábado engana, o Santa não jogou o suficiente para fazer 4×0, nem quando o Central estava com dois homens a menos. Pelo contrário, nunca em campo se teve a impressão de superioridade numérica tricolor.
Mas o Santa Cruz tem o mérito de conhecer suas próprias limitações.
Os jogadores sabem que o time é “mal diagramado”, que não vai encantar na beleza ou chamar a atenção pelas suas jogadas.
Assim como o feioso como avião do lado, a única saída está na persistência. Não desistir nunca, seguir firme um não atrás do outro. Um dia ela cansa e você consegue. Marca um golaço.
A prova disso foi que dos quatro gols, três deles aconteceram no apagar das luzes ou já nos acréscimos. O último, de Betinho, talvez seja a prova cabal da persistência coral.
O placar já estava 3×0, uma vantagem que nem o mais otimista dos tricolores sonhava antes da partida, o Santa com dois jogadores a mais e a vitória encaminhada sem turbulências.
Mas Betinho persistiu. E isso aos 47 do segundo tempo. Marcou a saída de jogo, na grande área adversária, e viu Madona dar um show de insegurança. Recebeu a bola de graça e colocou um pé do Santa Cruz na final.
E o outro com meio passo dado
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