Foto: AFP
Fred é o assunto mais comentado na Granja Comary.
Cada atleta que vai para a entrevista coletiva acaba sendo questionado sobre o assunto.
Todos estão tentando defender o atacante, que não vive uma boa fase.
Todos estão tentando defender o atacante, que não vive uma boa fase.
São dois jogos e nada de gols. Nas duas partidas foram apenas 14 passes, 3 finalizações e só uma delas em gol (dados footstats).
O primeiro a sair em defesa foi o zagueiro David Luiz, elogiando a ajuda do jogador para o grupo em outras funções.
“Nosso primeiro defensor é o Fred. Os méritos da defesa não são só dos zagueiros, são de todo o time”
O lateral Marcelo também comentou a má fase do atacante:
“O Fred dentro e fora de campo é um líder, nos ajuda bastante. É um cara de muito bom coração, está ajudando a gente, fazendo gols ou não”
O lateral Daniel Alves se incomodou com a opinião do comentarista da BBC, Alan Shearer, que criticou bastante as atuações do atacante Fred, afirmando que a Seleção joga “com 10 jogadores”
- Esses são os comentários mais babacas que podemos escutar. É uma falta de respeito”
Foto: AFP
Durante a semana a comissão técnica e os jogadores da Seleção foram muito questionados pela quantidade de treinos. Duas folgas depois das duas primeiras partidas e muitos treinamentos que seriam em dois períodos reduzidos a apenas um turno.
Quantidade criticada. Mas e a qualidade dos treinos? Ninguém comentou.
Que a comissão é bem experiente em mundiais, isso todo mundo sabe.
Mas temos que fazer algumas considerações em relação a alguns treinos realizados na Granja Comary.
Em plena reta decisiva da primeira fase, Felipão parou para treinar fundamentos básicos, como finalização e cruzamentos. Deveria prezar pelo coletivo, pela parte tática, aprimorando posicionamentos, exigindo dos atletas um maior entendimento do modelo de jogo. Numa competição curta, não dá para se pensar no básico. É preciso ir além, mas respeitamos a opção do treinador.
O que não conseguimos entender é a maneira como esses fundamentos são treinados. Jogadores sozinhos, sem marcação, indo para o chute, cruzamentos ou para subir de cabeça numa jogada aérea de maneira isolada. Sem “adversário” marcando, sem um oponente para dificultar a jogada, sem dificuldade alguma. Tranquilo. Sossegado. Fácil. Simples.
Copa do Mundo é alto nível. Seleção é alto nível. Não se pode andar na contramão do futebol moderno.
Hoje deve se pensar na “complexidade” dos treinamentos. Trazer para o treino uma realidade mais aproximada dos jogos. Desde o tempo de duração aos trabalhos técnicos, táticos e até psicológicos. De uma maneira integrada. Num jogo um atacante vai chegar sozinho, sem marcação, para finalizar tranquilo? Não vai precisar se livrar de “adversários”? Vai ter todo um espaço para avançar e fazer cruzamentos?
Não.
Isolar esse tipo de trabalho é um erro para qualquer treino, ainda mais numa Copa do Mundo.
É preciso avançar, evoluir.
Clima Nos Esportes hoje Domingo 22 de junho de 2014 06;01 da manhã
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